terça-feira, 15 de março de 2016

A pátria amada, salvem! salvem!



Tem uma mulher que trabalha comigo que diz que o que ela pensa é só o que ela pensa! E é verdade! O que ela pensa é só o que ela pensa e o que eu penso é só o que eu penso! E esse post é sobre algo que eu penso, que desejo e que gostaria muuuito que não fosse tão irreal!

No último domingo tivemos em todo Brasil e fora dele a maior manifestação sobre a insatisfação do povo com o governo! Muitas pautas são colocadas e reivindicadas. E eu fui! Porque? Porque sou coxinha, classe média-alta que acha que tudo vai se resolver com o impeachment (acabei de descobrir que sei escrever impeachment sem olhar no google! O próximo passo é Schwarzenegger). 
Não gente, eu não sou nada disso! Eu também não endeuso Sérgio Moro, acho que ele só está fazendo o trabalho dele e não há nenhuma medalha por isso (se existir, estão me devendo algumas nesses 13 anos de trabalho e a quase todos os brasileiros também). Não sou a favor de Bolsonaro, acho que o Alckmin (descobri que Alckmin eu não sei escrever) está se escondendo feito cachorro que rasgou o travesseiro e está olhando de longe a “mãe” brigando com outro cão e torcendo pra ela não ver o pedaço de espuma na boca dele! Não quero a ditadura de volta e menos ainda a eleição do Aécio! Então porque eu fui pra Paulista?

Eu fui porque eu quis, de verdade! Fui porque eu senti a necessidade de ir e ver de perto o que estava pegando! Não queria que ninguém me contasse! 
Vi gente pedindo a intervenção militar e sai de perto bem rápido com medo de alguém achar que eu compactuava com aquilo! Vi um cara em cima de um trio incitando a violência, dizendo que um cara que não concordava com ele cantar músicas em inglês devia ser petista! Vi gente erguendo uma escultura do Sérgio Moro para reverenciá-lo todos os dias às 15h27! E na televisão vi entrevista de gente que não fazia ideia do que estava fazendo ali  (colocaria o link do vídeo aqui se eu não tivesse vergonha)!
Fiz a caminhada quase toda em silêncio! Abria a boca somente para cantar o hino nacional! E durante a falta de barulho na minha cabeça, fui pensando que minha esperança para a correção do Brasil nessa geração acabou! Acho que, se há na política alguém que possa dirigir o país com honestidade, corre o risco de ser corrompido assim que chegar no poder! Ah, o poder, que droga pesada essa que vicia quase 100% dos que experimentam!

Dizem que o melhor do Brasil é o brasileiro e eu acho que, às vezes (pra ser delicada), o pior também é! A mudança tem que começar na gente! Precisa começar nas escolas, dando aula de política! Mas não ensinar apenas esquerda ou direita, ou falar mal de um partido! Precisa ensinar política mesmo! Qual a função dos cargos políticos? O que precisamos cobrar de cada representante?! O que faz um senador, um deputado, a câmara, todos! Ensinar a pesquisar sobre cada candidato, sobre a história deles! Ensinar a cobrar as promessas que foram feitas, fazer um check list do plano de governo que o candidato que você votou apresentou.

Precisa ensinar tolerância! É uma educação que vem de casa? Sim! Mas vocês já pararam pra reparar o bando de adulto babaca que nos tornamos (ok, alguns! Não me encham! Mas você jamais vai admitir que é babaca)? Será que os professores podem nos salvar? Será que eles merecem essa responsabilidade? Acho que não totalmente! Acho que devemos ensinar a tolerância em casa! Não ensinar que a cor vermelha merece a pena de morte, ou que menina lava e menino troca a lâmpada, ou que branco é uma cor aceitável para pessoas de cargos altos enquanto uma babá negra sofre preconceito porque acham que ela sofre preconceito por ser negra, ou que o diferente é feio, o diferente é só diferente e mega ok isso!
Devemos ensinar nossas crianças que aquela pessoa que está governando o estado ou o país está lá porque a maioria votou nele. Mas isso não quer dizer "impunidade"! E também não quer dizer que por ser uma figura pública que está fazendo merda, merece xingamento! Muito menos quando pensam que qualquer coisa no feminino é um xingamento! Pelo contrário, devemos ensinar respeito! Mas não conformismo! É uma balança difícil de equilibrar, mas fica ainda mais impossível se não fizermos nada, se não começarmos por algum lugar! 

 Penso que a mudança deve acontecer na educação e preparar uma nova geração para mudar! Utopia? Sem dúvida! Por isso o que eu penso é só o que eu penso!
E o que você pensa é só o que você pensa, mas tente pensar com a sua cabeça! Não repasse informação sem checar, não repita algo que você não sabe no que foi baseado, não concorde com figura pública porque simpatiza com ela, não acredite em tudo o que dizem só porque está no jornal. Busque se informar e formar sua própria opinião! Mas isso não significa que ela é a verdade absoluta e o mais correto posicionamento sobre algo! 


 (Acho também que deveria ter aula de educação financeira! Um país está falindo e muitos brasileiros também porque ensinaram bhaskara, mas não ensinam um planejamento financeiro! Mas esse é assunto pra outro post!)

terça-feira, 17 de novembro de 2015

#porMariana #porMaria #porJoao

Faz um certo tempo que não posto aqui e, infelizmente, não vim pra tratar com humor um assunto sério. Vim falar com seriedade de um assunto triste!

A última semana que tivemos transbordou em lama e sangue. De Minas a Paris! E o Facebook se dividiu entre os que se solidarizavam com Paris, os que choravam por Minas, os que preferiam brigar querendo obrigar os outros a terem um único sentimento de tristeza por um único lugar, os que choravam por ambas as tragédias, etc. Eu fiz parte do grupo que mudou a foto do perfil para a bandeira da França, mas sei que isso não ajudou em nada as famílias que choravam a morte dos seus entes, mas quis mostrar minha solidariedade com aqueles que estava vivendo de perto a tragédia.  
Vi também com muita tristeza o que aconteceu e está acontecendo com Minas, não mudei a minha foto para a bandeira do Estado porque sabia que podia demonstrar minha tristeza de outra forma: ajudando (nota do autor (como se o texto inteiro não fosse): Você também pode ajudar! O que não falta são postos de coletas)!

Mas essas duas tragédias só me levam a pensar em uma coisa: DESACELERAR!!! Precisamos pisar no freio na nossa vida, tirarmos o zoom dos problemas e olharmos de uma forma mais abrangente identificando aquilo (e aqueles) que realmente importa e nos esforçarmos para passarmos o maior tempo possível amando! 
Amando o que estamos fazendo, amando as pessoas, amando aquele artesanato que tira o estresse, amando aquela corrida, amando aquela casa, amando aquela circunferência da cintura, amando aquele papo, amando aquele trabalho voluntário, amando aquele trabalho involuntário, amando aquelas pessoas do dia a dia, amando...

O trabalho é só um trabalho, mas 8 horas por dia de todos os dias são 1/3 da soma desses dias! É muito tempo para desperdiçar fazendo algo que não enxergamos um motivo, que não temos prazer em realizar! Procure algo que te satisfaça! A gente nunca sabe quando vai ser o último dia que vamos trabalhar, seja por uma lama que invade o rio, terroristas que invadem a cidade, crise que invade a empresa... 

E mesmo que você esteja em um serviço que ame, não fique todos os dias até mais tarde, saia mais cedo, vá abraçar sua esposa/esposo, vá levar seus filhos pra passear! Nunca os deixe duvidar da importância que eles tem pra você! 

Tá incomodado com os quilos a mais? Procure algo que goste para perdê-los! Dance, corra, caminhe, mas não perca seu tempo se obrigando a fazer algo que não gosta para entrar em padrões que não acredita! Se preocupe com a sua saúde, física e mental! 

Não está feliz no relacionamento? Transforme a vida de um casal chata em duas vidas com possibilidades de serem felizes! Não vá com pressa, não apresse as coisas por medo... mas vá com medo, por mais clichê que pareça! 

Não brigue tanto! Releve mais! Desacelere, vá com calma, com alma, de cabeça! 

Quando aceleramos precisamos de maior atenção nos obstáculos do meio do caminho, o estresse é maior e só chegamos um pouco mais rápido no destino! Eu não quero chegar a lugar algum tão rápido assim! Quero admirar a paisagem pelo caminho, conversar com os passageiros (desde que seja depois das 10 da manhã) e aproveitar todas as comidas servidas na viagem! 

Amem exageradamente, vivam em paz e parem de encher o saco nas redes sociais! 



segunda-feira, 8 de junho de 2015

Hoje foi... mas poderia ter sido...



Hoje foi um dia daqueles... na verdade, os motivos para reclamar começaram ontem, perto das 11 da noite.

Ralei o carro no muro de casa quando fui estacionar (pai, se você estiver lendo isso, não foi por querer)! Entrei cabisbaixa em casa e fui preparar algo pra comer, mesmo sabendo que meu estômago não aguenta comer e deitar, mas estava morrendo de fome. Fiquei atenta vendo as apresentações do SuperStar e cochilei no momento que informaram as bandas eliminadas, acordei com as letrinhas subindo na tela.
Pouco depois das duas da madrugada meu estômago resolveu refrescar a minha memória e me punir por ter forçado a barra! Depois de uns minutos no banheiro, pedindo perdão a ele, de joelhos, segurando o vaso sanitário, volto pra cama que já estava fria e desconfortável. Qualquer posição que eu ficava só era suficiente pra cochilar alguns minutos. Coloquei almofada, tirei almofada, tirei travesseiro, tirei coberta, liguei ventilador, coloquei coberta, tirei o celular de perto e foi assim durante a noite toda, até às 7 da matina. Hora de acordar! Mas quedê forças? Mandei mensagem pra chefe dizendo que eu iria de carro e faria horário de rodízio, chegando às 10:30 e saindo às 19:30, mesmo sabendo que perderia parte da aula da pós que começa às 19:15.

Nossa, a pós! Reta final, mas o nível está cada vez mais hard! Eu achei que conseguiria matar todos os chefões apenas com três pulinhos na cabeça! Mas não! Já estou pulando até sobre a minha própria cabeça e nada resolve! Sabe vontade de ir ao banheiro? Que começa quando você está dentro do ônibus e ainda tem uma viagem de meia hora até em casa? Você se contorce, se distrai e por alguns minutos consegue esquecer o aperto, mas se urina enquanto tenta colocar a chave no buraco da fechadura, a alguns passos do banheiro (não que isso já tenha acontecido comigo, não me urino assim, todos os dias)? Então, é exatamente assim que eu me sinto com as aulas da pós... falta muito pouco pra acabar... mas parece que vou me urinar a qualquer momento!

Como se não bastasse ter aula, descobri no começo do dia que tinha 4 trabalhos pra hoje... sim, quatro QUATRO trabalhos pra hoje HOJE! Não eram nenhum bichos de sete cabeças, então consegui fazer 3 no almoço e o outro consegui desencanar da possibilidade de termina-lo!

Queria eu ter sete cabeças, assim poderia trocar a que está sobre o meu pescoço e doendo o dia inteiro graças a uma noite mal dormida, trânsito, trabalhos, trabalho e lembrar do ralado no carro...

Hoje é um dia daqueles...

Mas só porque eu quis assim! Eu preferi olhar pra tudo o que tinha de negativo ao invés de mudar a lente do óculos, tirar o fundo de garrafa e colocar um óculos escuro, que deixa qualquer pessoa mais gata! Dormi mal, mas poderia ter disfarçado isso com uma bela camada de maquiagem, melhoraria minha auto-estima e diminuiria o número de perguntas “nossa, tá dormindo ainda?”. No site da Globo conta as bandas que foram eliminadas no Superstar e eu podia ter aproveitado a minha insônia para conferir. Ralei o carro, mas e daí? Eu nem me importo tanto com isso, sempre amei cicatrizes (mesmo assim pai, não foi de propósito)! Vim trabalhar de carro e isso quer dizer que vou embora da aula de carro sem ter que perturbar ninguém pedindo carona! E a pós tá acabando! Não importa o tamanho da minha vontade de sair correndo, ela vai passar em só mais 8 aulas!


Não acho que temos que nos Pollyannizar (busque no google: Pollyanna), vendo só o lado positivo das coisas e não reclamando nunca, seguir o que dizem algumas avós (que já estão aposentadas) “pelo menos você tem trabalho, não reclame de acordar cedo!”. Sou super a favor da prática da reclamação 0800, mas nem sempre, não quando isso não te faz bem, não te faz rir ou desabafar... só te deixa com mais dor de cabeça e quem está pulando nela é você! 

segunda-feira, 18 de maio de 2015

kkkkkkkk ou pipipipipi

  
LLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL...

é assim que as histórias de muitos relacionamentos tem sido escritas! Quando insistimos em uma mesma tecla que já está gasta e já não forma mais palavras inteiras, apenas a velha insistência em fazer com que faça algum sentido. Mesmo que a tecla seja o “K” e você pense que está tudo muito divertido, na verdade está cansativo, monótono e sem futuro.  

Sabe quando o machucado está formando uma casquinha, feia, meio asquerosa, mas que mostra que o que machucava está sendo coberto? Às vezes você não resiste àquela tentação de tirá-la e corre pra procurar um band-aid outra vez, pra tampar o ferimento que já estava cicatrizando. Outras vezes nem tirou a casquinha porque quis, foi só se enxugar e passou a toalha forte demais, e de repente, distraidamente percebe que voltou a sangrar, voltou a doer, como quando vê uma foto, recebe uma mensagem.  
Parece que faltou nas aulas de português em que ensina que um parágrafo muito longo, sem ponto final, se torna confuso e desinteressante. Você insiste em colocar vírgulas sem fim, enquanto o outro autor dessa história está fazendo um ponto final com caneta Pilot preta – Pincel Anatômico 1100 – Tinta Permanente.

E não falo apenas de relacionamentos amorosos, muitas amizades já deram o que tinham que dar, já te trouxeram muitos benefícios, mas agora é só uma canseira sem fim, uma via de mão única! Você manda mensagens insistentes, tentando marcar um encontro, uma visita, uma saída, um chat pelo Skype, mas a reposta não vem ou quando vem, é negativa. Vem em forma de desculpas que você já não engole mais. Tem tudo pra respirar fundo e jogar pro alto, se apegar às coisas boas que passaram, mas entender que passaram! Mas não, passa uma semana, um mês e seu orgulho de manter velhos amigos te faz mandar mais uma mensagem que vai ser respondida falando sobre a correria e falta de tempo.

Nosso psicológico não foi treinado para aceitar perdas numa boa. Mas enquanto batemos numa tecla velha, perdemos tantas oportunidades de sermos felizes. Não fazemos uma viagem porque talvez fulano vá em um barzinho no mesmo final de semana. Faltamos no happy com o pessoal do serviço esperando que aquela amiga confirme o rolê de logo mais, mas faz três dias que ela não responde suas mensagens e nem atende às ligações. Dizem que o amor é cego, mas eu acho que é a insistência em um amor falido que nos fecha os olhos. Não te permite enxergar outros “e ses”. Enquanto você insiste em olhar só pra noite, perde um belo pôr-do-sol do outro lado!

E além de cegar, parece que também te faz perder a memória, a noção e os sentidos. Te tira os pés do chão, mas em uma rasteira que te  faz bater a cabeça. E não meu bem, nenhum príncipe encantado ou guerreira valente vai vir te dar um beijo pra te acordar... no máximo um “anão-amigo” te dará uma mão, enquanto usa a outra para te dar tapas na cara.

Interessante é que quando pensei nesse tema, ontem, antes de dormir, pensei em algumas pessoas, algumas histórias, alguns status com indiretas deprimentes no Facebook e hoje acordei com a newsletter de um dos meus blogs favoritos abordando o mesmo assunto e vi no Face a atualização de outro blog falando sobre a mesma coisa... acho que é uma tendência! Quase tão insuportável quanto os sneakers.


Se ame mais e se cuide mais... e abra seus olhos porque o tempo tá passando, o mundo tá andando e você não está vendo!